Esta é uma versão desatualizada publicada em 2022-01-07. Leia a versão mais recente.

Como a independência do judiciário e a accountability judicial afetam a percepção de corrupção na América Latina?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.32870/cl.v1i26.7943

Palavras-chave:

Percepção de Corrupção, Independência Judicial, Accountability Judicial, América Latina

Resumo

A percepção da corrupção sofre efeito do grau de independência e da accountability judicial? São testadas duas hipóteses: a. quanto mais independente o judiciário, menor será a percepção da corrupção; b. quanto maior o grau de accountability judicial, menor será a percepção da corrupção. Foram coletados dados para os dezoito países da América Latina, com o recorte temporal ente 2003 e 2012. Portanto, a análise necessita de estudo específico para dados de painel. As regressões do modelo empírico utilizam três funções diferentes – efeitos fixos, aleatórios e pooled – que ajudam a decidir qual modelagem estatística é a mais adequada para os dados disponíveis. O resultado da regressão com efeito aleatório, indica que há um efeito estatisticamente significante para as duas variáveis independentes, seguindo o que a literatura indica. Os resultados são importantes pois apontam para a necessidade de revisitação de teorias e novos modelos estatísticos.

Biografia do Autor

Eliza Pereira Salvador Neta, Universidade Federal de Pernambuco

Graduada em Ciência Política com ênfase em Relações Internacionais (2017) pela UFPE. Mestranda em Ciência Política (2018-2020), UFPE.

Referências

Arato, A. (2002). Representação, soberania popular, e accountability. Lua Nova: Revista de Cultura e Política, (55-56), 85-103.

Arellano, M., & Bover, O. (1990). La econometría de datos de panel. Investigaciones económicas, 14(1), 3-45.

Babbie, E. (1995). The practice of social research. (7th). Belmont, CA: Wadsworth.

Baum, M. A., & Lake, D. A. (2003). The political economy of growth: democracy and human capital. American Journal of Political Science, 47(2), 333-347.

Burbank, F. H., Fogarty, T. J., Manska, W. E., Ritchart, M. A., Ryan, T. J., & Zerhouni, E. A. (1999). U.S. Patent No. 5,980,469. Washington, DC: U.S. Patent and Trademark Office.

Burbank, S. B., & Friedman, B. (Eds.). (2002). Judicial independence at the crossroads: an interdisciplinary approach. Sage Publications.

Cameron, A. C., & Trivedi, P. K. (2005). Multinomial models. Microeconometrics, Methods and Applications, 113-146.

Cameron, A. C., & Trivedi, P. K. (2005). Microeconometrics: methods and applications. Cambridge university press.

Cappelletti, M. (1983). “ Who Watches the Watchmen?” A Comparative Study on Judicial Responsibility. The American Journal of Comparative Law, 1-62.

Cingranelli, D. L., & Richards, D. L. (2010). The Cingranelli and Richads (CIRI) human rights data project. Hum. Rts. Q., 32, 401.

Donoso, J. C. (2009). A Means to an End: Judicial Independence, Corruption and the Rule of Law in Latin America (Doctoral dissertation, Vanderbilt University).

Elster, J. (1983). Explaining technical change: A case study in the philosophy of science. CUP Archive.

Feld, L. P., & Voigt, S. (2003). Economic growth and judicial independence: cross-country evidence using a new set of indicators. European Journal of Political Economy, 19(3), 497-527.

Ferejohn, J. (1999). Authority: Toward a Theory of Political Accountability. Democracy, accountability,

and representation, 2, 131.

Fiss, O. M. (1993). The limits of judicial independence. U. Miami Inter-Am. L. Rev., 25, 57.

García Martínez, A., & Sáez Carreras, J. (1998). Del racismo a la interculturalidad. Competencia de la educación. Madrid: Narce SA de Ediciones.

Gujarati, D. (2006). Econometria Básica. Rio de Janeiro: campus.

Gwartney, J., Lawson, R., & Samida, D. (2007). Economic freedom of the world: 2007 report. Vancouver: Fraser Institute.

Hoffmann, R. (1995). Desigualdade e pobreza no Brasil no período 1979-90. Revista Brasileira de Economia, 49(2), 277-294.

Howard, R. M., & Carey, H. F. (2003). Is an independent judiciary necessary for democracy. Judicature, 87, 284.

Jain, A. K. (2001). Corruption: A review. Journal of economic surveys, 15(1), 71-121.

Janz, N. (2016). Bringing the gold standard into the classroom: replication in university teaching International Studies Perspectives, 17(4), 392-407.

Johnson, J. C., Souva, M., & Smith, D. L. (2013). Market-protecting institutions and the world trade organization’s ability to promote trade. International Studies Quarterly, 57(2), 410-417.

Kaufmann, D., Kraay, A., & Mastruzzi, M. (2007). Measuring corruption: myths and realities.

Keith, Linda Camp. 2012. Political Repression: Courts and the Law. Philadelphia: University of Pennsylvania Press.

Kellstedt, P. M., & Whitten, G. D. (2018). The fundamentals of political science research. Cambridge University Press.

King, G. (1995). Replication, replication. PS: Political Science and Politics, 28(3), 444-452.

Larkins, C. M. (1996). Judicial Independence and Democratiziation: A Theoritical and Conceptual Analysis. Am. J. Comp. L., 44, 605.

Linzer, D. A., & Staton, J. K. (2015). A global measure of judicial independence, 1948–2012. Journal of Law and Courts, 3(2), 223-256.

Macrae, J. (1982). Underdevelopment and the economics of corruption: A game theory approach. World development, 10(8), 677-687.

Mankiw, G. (1999). Introdução à economia: princípios de micro e macroeconomia. Rio de Janeiro. Campus.

Marshall, M. G., Jaggers, K., & Gurr, T. R. (2010). Polity IV project: political regime characteristics and transitions, 1800-2010. Center for Systemic Peace,10, 24-37.

O’Donnell, G. A. (1998). Horizontal accountability in new democracies. Journal of democracy, 9(3), 112-126.

Paranhos, R., Figueiredo Filho, D. B., da Rocha, E. C., da Silva Jr, J. A., & Santos, M. L. W. D. (2012). Levando Gary King a sério: desenhos de pesquisa em Ciência Política. Revista Eletrônica de Ciência Política, 3(1-2).

Pitkin, H. F. (1967). The concept of representation (Vol. 75). Univ of California Press.

PRS Group. 2013. “International Country Risk Guide.” http://www.prsgroup.com/icrg.aspx. R Core Team. 2013. R: A Language and Environment for Statistical Computing. Vienna: R Foundation for Statistical Computing. http://www.R-project.or

Ríos-Figueroa, J. (2006). Judicial Independence: Definition, Measurement, and Its Effects on (Doctoral dissertation, New York University).

Schedler, A. (1999). Conceptualizing accountability. The self-restraining state: Power and accountability in new democracies, 13, 17.

Seligson, M. A. (2002). The impact of corruption on regime legitimacy: A comparative study of four Latin American countries. The journal of Politics, 64(2), 408-433.

Staats, J. L., Bowler, S., & Hiskey, J. T. (2005). Measuring judicial performance in Latin America. Latin American Politics and Society, 47(4), 77-106.

Svensson, J. (2005). Eight questions about corruption. Journal of economic perspectives, 19(3), 19-42.

Teorell, J., Sigman, R., & Lindberg, S. I. (2016). V-Dem Indices: Rationale and Aggregations. University of Gothenburg, Varieties of Democracy Institute, Working Papers Series, (22).

Vairinhos, V. M. (1996). Elementos de probabilidade e estatística. Lisboa: Universidade Aberta.

Voigt, S. (2008). The economic effects of judicial accountability: cross-country evidence. European Journal of Law and Economics, 25(2), 95-123.

Arquivos adicionais

Publicado

2022-01-01 — Atualizado em 2022-01-07

Versões

Edição

Seção

Región Latinoamericana: Economía, Política y Sociedad