Aspectos socioeconômicos do trabalho infantil para crianças brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.32870/cl.vi24.7428Palavras-chave:
Trabalho infantil, Modelo Probit, Decomposição de FairlieResumo
O objetivo desse artigo é investigar os determinantes que fazem, possivelmente, meninos e meninas, de 5 a 14 anos, terem probabilidades distintas de trabalharem na infância no Brasil, segundo dados da PNAD para o ano de 2015. A partir de análises econométricas de variáveis pessoais, familiares e domiciliares, buscou-se compreender a caracterização do trabalho infantil brasileiro, segundo o sexo das crianças com faixa etária de 5 a 14 anos. O modelo estimado foi o Probit, com a posterior elaboração de cenários. Ainda, foi utilizada a decomposição de Fairlie, para captar a diferença das variáveis dependentes das características produtivas de dois grupos (meninos e meninas), em função de discrepâncias sobre as variáveis explicativas e dos efeitos de variáveis não observadas. Os coeficientes obtidos apresentaram os sinais esperados, sendo em sua maioria, estatisticamente significativos. Os principais resultados apontam que idade, local onde a criança reside e a probabilidade de a pessoa de referência no domicílio ter trabalhado na infância, apresentam uma grande relação com o trabalho infantil, assim como no diferencial entre o trabalho de meninos e meninas. have a great relation with child work, as well as in the differential between the work of boys and girlsReferências
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